As espécies vegetais com propriedades medicinais presentes na floresta amazônica exercem um papel importante no tratamento e prevenção de doenças, assim como, no desenvolvimento de novos fitoterápicos para uso sistêmico e tópico. 

As plantas medicinais da Amazônia são fontes ricas em substâncias químicas derivadas do metabolismo secundário com propriedades terapêuticas comprovadas. 

Estas substâncias desempenham um papel crucial na defesa das plantas contra predadores e doenças, sendo também responsáveis pelos efeitos terapêuticos que corroboram de maneira importante para o avanço nas pesquisas, com intuito de descobrir novas aplicabilidades e desenvolver novos medicamentos. 

Podemos destacar que plantas medicinais nativas da Amazônia podem ajudar no combate a doenças crônicas, como é a Uncaria tomentosa, popularmente conhecida como Unha-de-Gato, rica em alcaloides, com propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. 

Entre as plantas ricas em flavonoides se destacam, açaí (Euterpe oleracea) e camu-camu (Myrciaria dubia) que possuem atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. 

Terpenos e terpenoides, presentes na andiroba (Carapa guianensis), que atua como repelente de insetos, e copaíba (Copaifera spp.), cujo óleo-resina é composto principalmente por sesquiterpenos e diterpenos, com uma excelente ação cicatrizante de feridas e propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas. 

Tradicionalmente utilizado pelos povos da Amazônia e expandido para todo país o guaraná (Paullinia cupana), é um potente estimulante sistema nervoso central, por ser rico em cafeína e teobromina. 

Como uma das espécies mais estudas da Amazônia podemos destacar a Quina (Cinchona spp.), rica em quinino, utilizada no tratamento da malária e conhecida por suas propriedades antipiréticas e analgésicas.

Entre as plantas medicinais que se somam ao tratamento de feridas de pés diabéticos, podemos destacar o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), que contém taninos com propriedades adstringentes, antimicrobianas e cicatrizantes. 

As cumarinas presentes nas espécies cumaru (Dipteryx odorata) com atividade anticoagulantes, anti-inflamatórias e antiespasmódicas. 

São plantas ricas em glicosídeos a pariparoba (Pothomorphe umbellata) com propriedades hepatoprotetora e anti-inflamatórias, e “ginseng brasileiro” (Pfaffia paniculata) que têm efeitos adaptogênicos e imunomoduladores.

As plantas medicinais da Amazônia fazem parte de um valioso arsenal terapêutico, oferecendo uma ampla gama de substâncias químicas com propriedades terapêuticas. A preservação deste bioma é crucial para contribuir significativamente com a saúde humana e o desenvolvimento de novos medicamentos.